Twisted City Lights

terça-feira, dezembro 27, 2005

Fogo Canadiano

Categoria: Música, Álbuns


1. Neighborhood #1 (Tunnels)
2. Neighborhood #2 (Laika)
3. Une Annee Sans Lumiere
4. Neighborhood #3 (Power Out)
5. Neighborhood #4 (7 Kettles)
6. Crown Of Love7. Wake Up
8. Haiti
9. Rebellion (Lies)
10. The Backseat


ARCADE FIRE - Funeral Classificação 8/10
Site da Banda

No Verão, um amigo meu arranjou-me um CD de uma das bandas que iria actuar no festival de Paredes de Coura em 2005. Ouvi desatentamente algumas músicas, e pu-lo de parte, dando mais atenção a outras bandas como os Kaiser Chiefs, Queens of the Stoneage ou até os afamados Foo Fighters, que iriam igualmente actuar nesse festival. Não cheguei a ir a Paredes, e arrumei esse álbum intitulado "Funeral", algures nos meus arquivos. Desde então não me recordo de ter pegado nesse CD, senão ocasionalmente, prestando vaga atenção aquelas músicas que tinha passado na rádio. Até agora...
Funeral, o álbum de estreia de uma banda indie canadiana, foi conmsiderado por várias revistas da especialidade, o álbum do ano, como são os casos a título de exeplo da britânica Uncut ou o português Blitz. Surpreendeu-me. "Os Arcade Fire?!" Álbum do ano"? E enquanto me perguntava "mas quem são eles?", vasculhava os meus CD's em busca do álbum outrora esquecido.
E afinal quem são os Arcade Fire? Bom, formaram-se em Montereal (Canadá) em 2003, inicialmente quando Win Butler avistou Régine Chassagne num conmcerto de jazz, a partir do qual os dois se mantiveram inseparáveis, quer profissonalmente, quer pessoalmente. Ao casal juntaram-se os membros que actualmente constituem os Arcade Fire: Richard Reed Parry, William Butler (irmão mais novo de Win), Tim Kingsbury, Sarah Neufeld e Jeremy Gara. Tal diversidade de pessoas não poderia deixar de adivinhar uma diversidade instrumental da banda. De facto, para além dos intrumentos principais guitarra, bateria e baixo, os Arcade Fire tocam também com piano, violino, viola, violoncelo, xilofone, teclado, acordeon e harpa!
Com isto tudo qual o resultado final? Uma banda de indie rock experimental, com variadíssimas sonoridades, bastante melódicas, sons invulgares encaixados de forma não convencional, mas mantendo sempre presente a matriz rock, garantida pelos instrumentos principais.
Funeral, deve o título ao facto dos músicos da banda terem sido confrontados pelas mortes de vários familiares durante as gravações do álbum. Lançado em 2004, o álbum de estreia foi subindo uma longa escada, conquistando pouco a pouco a crítica e os ouvintes. Com actuações ao vivo igualmente aclamdos, caracterizada pela prestações ditas "de luxo", a banda canadiana foi crescendo e depois de lançarem o seu álbum na Europa os Arcade Fire se tornaram definitivamente num fenómeno inegualável há vários anos. Incontornávelmente, só agora o vejo e o apercebo.

Mas deixemo-nos de histórias. De que é composto Funeral? Bom, de 10 músicas mágicas, fácil de se escutarem, mas nem tanto de se digerirem e muito menos de se compreenderem. Começa pelas faixas Neighborhood #1 (Tunnels) e Neighborhood #2 (Laika), onde nos apresentam estes temas de força crescente, em que notamos logo a variedade de instrumentos e sons, assim como a calma e frieza destas músicas, sem no entanto, a emoção e sentimento deixarem de estarem presentes.
O álbum prossegue, ouvimos Une Annee Sans Lumiere cantado em inglês e francês, e na faixa nº4, Neighborhood #3 (Power Out), temos a oprtunidade de assitir a um tema bastante mais potente (associado curiosamente ao título) e bastante engenhoso, que constitui o primeiro single de Funeral. Seguem-se Neighborhood #4 (7 Kettles) o último dos "Neighgborhood" - ainda não descobri esta sina com a "vizinhaça!" - , Crown Of Love, e Wake Up, mais um tema profundo e bem temperado. Rebellion (Lies) constitui na minha opinião um dos melhores temas, em mais uma vez a música cresce e desenvolve-se ao longo do tempo, mostrando todo o trabalho e qualidade de Arcade Fire.
Funeral termina da melhor forma com o tema melancólico The Backseat, vocalizado pela bela voz de Régine Chassagne, destacando-se o acompanhamento de fortes acordes de guitarras, interpoladas pelos sons de violinos.

O que expûs nada passa da minha opinião, baseado nas minhas preferências musicais e leiga sabedoria na matéria. E se o que foi escrito nada vos diz, o melhor mesmo é ouvirem o álbum. Recomenda-se!

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