Twisted City Lights

sexta-feira, agosto 11, 2006

Sudoeste SW06 - Dia 4

Categorias: Música, Festivais, Sudoeste, Pessoal

Em termos globais de cartaz, sem dúvida o melhor dia! Adivinhava-se um dia com muito para ouvir, ou que implicava um difícil contorcionismo para assistir a todos os espectáculos que se queria. Com três palcos em simultâneo é difícil conseguir conjugar tudo, isto para além das necessidades de uma pessoa ter que comer, beber e descansar.

Além disso, os concertos não começam propriamente tarde. Uma pessoa está a chegar da praia e já ouve grande rebuliço dentro do recinto. Foi o que aconteceu neste dia. Ainda estava eu a sair dos chuveiros, quando comecei a ouvir os primeiros acordes de David Fonseca. Foi um alvoroço para nos preparar e foi a correr que fomos para o recinto. Claro está, a Raquel na liderança (tendo sido ela a primeira a chegar) não fosse ela uma das maiores fã de David Fonseca que conheço. Eu lá cheguei a meu tempo, depois de ter comprado um Big Mac (sim, tal com ano passado havia MacDonalds no recinto) para tentar compensar o meu estômago praticamente vazio. Foi assim que cheguei mais ou menos a meio do concerto de David Fonseca. E que concerto! Certamente merecia uma colocação no alinhamento dos concertos bem melhor, pois cada vez mais e mais pessoas iam chegando, provavelmente condicionadas com o mesmo problema que eu. O ambiente estava quente e intimista, hora do pôr-do-sol, excelente atmosfera.

Do concerto não faltaram músicas dos Silence 4 e do último álbum. Infelizmente, não tocou a “Swim” (pelo menos que eu ouvisse), música que eu escolheria se o concerto fosse um discos pedidos. Para compensar, o público teve direito a uma versão de “Heya” dos Outkast. Brilhante! Para o fim ficou “The 80’s”, com um David Fonseca vestido a rigor com um fato branco. Foi um notável concerto para começar bem o 2º dia de concertos.

Terminado este concerto fui assistir ao início de Nouvelle Vague. Apenas ouvi algumas músicas, pois, entretanto, Goldfrapp iria começar e há que fazer escolhas. De qualquer maneira achei que o som não estava bom por aí além. Talvez o género de música e sonoridades dos Nouvelle Vague precisassem de um ambiente mais fechado e mais intimista. Apesar disso, pareceu-me que o grupo estava a conectar-se bastante com o público e a proporcionar um bom espectáculo. Valeu pela oportunidade de ouvir músicas como “Ever Fallen In Love” ou “Human Fly”. Foi com a segunda que abandonei o palco Planeta Sudoeste para me entregar a Goldfrapp.

“Supernature”, o último álbum de Goldfrapp foi dominante. O concerto não desiludiu ninguém. Foi a confirmação de uma grande banda. Alison esteve sempre bem com a sua excelente voz, e com os seus cabelos esvoaçantes (apesar de não estar assim tanto vento. Isso tudo, completado pela presença de bailarinas dava aos Goldfrapp uma grande presença de palco. Viemos a saber mais tarde que os nossos vizinhos de tendas estiveram com essas measmas bailarinas dos Goldfrapp numa praia perto!

Para além de temas como “Oh La La” ou “Ride A White Horse” que fizeram as delícias de apreciadores de Goldfrapp, ainda houve espaço para alguns temas mais antigos como “Train”e “Strict Machine”. Mais um bom concerto.

De novo sacrificando um concerto (desta feita dos Toranja), fiquei para ver Prodigy, outro dos nomes mais aguardados. Como seria de esperar, o concerto não trouxe nada de novo que não o revivalismo dos êxitos dos anos 90. Ninguém também pedia mais. “Breath”, “Fire Starter” ou “Smack Ma Bitch” foram suficientes para animar a multidão e proporcionar um intenso concerto.

Para terminar a noite, finalizar com X-Wife que dispensa apreciações. Foi a 4ª vez que os vi ao vivo. O que tenho a dizer é apenas que X-Wife são actualmente uma das melhores bandas portuguesas.


David Fonseca


Goldfrapp


Goldfrapp - bailarina


Prodigy


Prodigy - público

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