Twisted City Lights

quinta-feira, dezembro 29, 2005

Vicious Five

Categoria: Música, Artistas

Às vezes julgo que bandas perdidas andarão por esse Portugal. Perdidas não será o termo. Direi antes, quantas estarão "na sombra"? É que imagino que há aí muito boa música portuguesa (e ainda se queixam), mas "nós", ingénuo publico, o dito mainstream, é que não temos conhecimento delas.
Assim quando surge alguma banda à superfície do sucesso e da projecção para o grande público, fico surpreendido. "Mas há disto cá?", penso eu estupidamente...
Vamos mas é ao que interessa: Vicous Five. Cinco pessoas, uma banda, garagens, rock'n'roll e punk. Eis os elementos que constituem os Vicious Five. Um facto: uma banda portuguesa em rápida ascenção! Uma recomendação: Up On The Walls, o álbum de estreia, aconselha-se e embora sem vícios parece ser viciante! (mesmo não sendo este o meu género de música predilecto). Depois de ouvir melhor o álbum prometo que faço um post sobre ele... Entretanto ouçam o poderoso e cativante tema Bad Mirror.
E leiam aqui uma entrevista aos Vicious Five e visitem o Site Oficial. (e p'los se vai mudar para aqui futuramente). ..


quarta-feira, dezembro 28, 2005

Neighborhood #3 (Power Out)

de Arcade Fire

« I woke up with the power out,
not really something to shout about.
Ice has covered up my parents hands
don’t have any dreams don’t have any plans.

I went out into the night,
I went out to find some light.
Kids are swingin’ from the power lines,
nobody’s home, so nobody minds.

I woke up on the darkest night,
neighbors all were shoutin’ that they found the light.
(”We found the light”)
Shadows jumpin’ all over my walls
some of them big, some of them small.

I went out into the night.
I went out to pick a fight with anyone.
Light a candle for the kids,
Jesus Christ don’t keep it hid!

Ice has covered up my parents hands
don’t have any dreams don’t have any plans.
Growin’ up in some strange storm,
nobody’s cold, nobody’s warm.

I went out into the night,
I went out to find some light.
Kids are dyin’ out in the snow,
look at them go, look at them go!

And the power’s out in the heart of man,
take it from your heart put in your hand.

What’s the plan?

Is it a dream? Is it a lie?
I think I’ll let you decide.
Just light a candle for the kids,
Jesus Christ don’t keep it hid!

Cause nothin’s hid, from us kids!
You ain’t foolin’ nobody with the lights out!

And the power’s out in the heart of man,
take it from your heart put in your hand.
And there’s something wrong in the heart of man,
you take it from your heart and put it in your hand!

Where’d you go? »

Categoria: Música, Letras

terça-feira, dezembro 27, 2005

Fogo Canadiano

Categoria: Música, Álbuns


1. Neighborhood #1 (Tunnels)
2. Neighborhood #2 (Laika)
3. Une Annee Sans Lumiere
4. Neighborhood #3 (Power Out)
5. Neighborhood #4 (7 Kettles)
6. Crown Of Love7. Wake Up
8. Haiti
9. Rebellion (Lies)
10. The Backseat


ARCADE FIRE - Funeral Classificação 8/10
Site da Banda

No Verão, um amigo meu arranjou-me um CD de uma das bandas que iria actuar no festival de Paredes de Coura em 2005. Ouvi desatentamente algumas músicas, e pu-lo de parte, dando mais atenção a outras bandas como os Kaiser Chiefs, Queens of the Stoneage ou até os afamados Foo Fighters, que iriam igualmente actuar nesse festival. Não cheguei a ir a Paredes, e arrumei esse álbum intitulado "Funeral", algures nos meus arquivos. Desde então não me recordo de ter pegado nesse CD, senão ocasionalmente, prestando vaga atenção aquelas músicas que tinha passado na rádio. Até agora...
Funeral, o álbum de estreia de uma banda indie canadiana, foi conmsiderado por várias revistas da especialidade, o álbum do ano, como são os casos a título de exeplo da britânica Uncut ou o português Blitz. Surpreendeu-me. "Os Arcade Fire?!" Álbum do ano"? E enquanto me perguntava "mas quem são eles?", vasculhava os meus CD's em busca do álbum outrora esquecido.
E afinal quem são os Arcade Fire? Bom, formaram-se em Montereal (Canadá) em 2003, inicialmente quando Win Butler avistou Régine Chassagne num conmcerto de jazz, a partir do qual os dois se mantiveram inseparáveis, quer profissonalmente, quer pessoalmente. Ao casal juntaram-se os membros que actualmente constituem os Arcade Fire: Richard Reed Parry, William Butler (irmão mais novo de Win), Tim Kingsbury, Sarah Neufeld e Jeremy Gara. Tal diversidade de pessoas não poderia deixar de adivinhar uma diversidade instrumental da banda. De facto, para além dos intrumentos principais guitarra, bateria e baixo, os Arcade Fire tocam também com piano, violino, viola, violoncelo, xilofone, teclado, acordeon e harpa!
Com isto tudo qual o resultado final? Uma banda de indie rock experimental, com variadíssimas sonoridades, bastante melódicas, sons invulgares encaixados de forma não convencional, mas mantendo sempre presente a matriz rock, garantida pelos instrumentos principais.
Funeral, deve o título ao facto dos músicos da banda terem sido confrontados pelas mortes de vários familiares durante as gravações do álbum. Lançado em 2004, o álbum de estreia foi subindo uma longa escada, conquistando pouco a pouco a crítica e os ouvintes. Com actuações ao vivo igualmente aclamdos, caracterizada pela prestações ditas "de luxo", a banda canadiana foi crescendo e depois de lançarem o seu álbum na Europa os Arcade Fire se tornaram definitivamente num fenómeno inegualável há vários anos. Incontornávelmente, só agora o vejo e o apercebo.

Mas deixemo-nos de histórias. De que é composto Funeral? Bom, de 10 músicas mágicas, fácil de se escutarem, mas nem tanto de se digerirem e muito menos de se compreenderem. Começa pelas faixas Neighborhood #1 (Tunnels) e Neighborhood #2 (Laika), onde nos apresentam estes temas de força crescente, em que notamos logo a variedade de instrumentos e sons, assim como a calma e frieza destas músicas, sem no entanto, a emoção e sentimento deixarem de estarem presentes.
O álbum prossegue, ouvimos Une Annee Sans Lumiere cantado em inglês e francês, e na faixa nº4, Neighborhood #3 (Power Out), temos a oprtunidade de assitir a um tema bastante mais potente (associado curiosamente ao título) e bastante engenhoso, que constitui o primeiro single de Funeral. Seguem-se Neighborhood #4 (7 Kettles) o último dos "Neighgborhood" - ainda não descobri esta sina com a "vizinhaça!" - , Crown Of Love, e Wake Up, mais um tema profundo e bem temperado. Rebellion (Lies) constitui na minha opinião um dos melhores temas, em mais uma vez a música cresce e desenvolve-se ao longo do tempo, mostrando todo o trabalho e qualidade de Arcade Fire.
Funeral termina da melhor forma com o tema melancólico The Backseat, vocalizado pela bela voz de Régine Chassagne, destacando-se o acompanhamento de fortes acordes de guitarras, interpoladas pelos sons de violinos.

O que expûs nada passa da minha opinião, baseado nas minhas preferências musicais e leiga sabedoria na matéria. E se o que foi escrito nada vos diz, o melhor mesmo é ouvirem o álbum. Recomenda-se!

sexta-feira, dezembro 23, 2005

Jingle Bell Rock

Categoria: Musica, Letras

« Jingle bell, jingle bell, jingle bell rock
Jingle bells swing and jingle bells ring
Snowing and blowing up bushels of fun
Now the jingle hop has begun

Jingle bell, jingle bell, jingle bell rock
Jingle bells chime in jingle bell time
Dancing and prancing in Jingle Bell Square
In the frosty air

What a bright time
it's the right time
To rock the night away
Jingle bell time is a swell time
To go gliding in a one-horse sleigh

Giddy-up jingle horse
pick up your feet
Jingle around the clock
Mix and a-mingle in the jingling feet
That's the jingle bell

That's the jingle bell
That's the jingle bell rock »



FELIZ NATAL!

quinta-feira, dezembro 22, 2005

Globos de Ouro

Categoria: Cinema, Notícias

Já se conhece a lista de nomeados para os Globos de Ouro (Golden Globe Awards), atribuídos em Hollywood pela imprensa estrangeira (HFP - Hollywood Foreign Press). Os prémios, cuja gala de entrega terá lugar a 16 de Janeiro do próximo ano, costumam ser uma previsão para os Óscares, mas, sinceramente, prefiro os Globos. Talvez, precisamente pelo júri ser constituído por membros da imprensa estrangeira, e não pela Academia, e porque em muitos casos os filmes mais "populares" acabam por não serem os premiados. Nos Óscares acho que é tudo mais previsível, falseado, e desapontador.
O filme com mais nomeações foi o Brokeback Mountain. Sim sim, o polémico filme de Ang Lee, recusado pelo festival de Cannes, mas vencedor no festival de cinema de Veneza. Eu cá só sei que fala de cowboys e homossexualidade. E só por isso já podemos imaginar porque é tão polémico, original, prometedor, chocante... Quero ir ve-lo com certeza quando se estrear em Portugal em Janeiro do próximo ano. Brokeback Mountain teve nomeções nas categorias de Melhor Filme (Drama), Melhor Realizador, Melhor Argumento, Melhor Actor, Melhor Actriz Secundária, Melhor Banda Sonora e Melhor Musica.
Aqui está a lista completa de nomeados:

MELHOR FILME DRAMA
Brokeback Mountain
The Constant Gardener
Good Night, and Good Luck.
A History of Violence
Match Point

MELHOR ACTRIZ DE DRAMA
Maria Bello - A History of Violence
Felicity Huffman - Transamerica
Gwyneth Paltrow - Proof
Charlize Theron - North Country
Ziyi Zhang - Memoirs of a Geisha

MELHOR ACTOR DE DRAMA
Russell Crowe - Cinderella Man
Philip Seymour Hoffman - Capote
Terrence Howard - Hustle & Flow
Heath Ledger - Brokeback Mountain
David Strathairn - Good Night, and Good Luck.

MELHOR FILME DE COMÉDIA/MUSICAL
Mrs. Henderson Presents
Pride & Prejudice
The Producers
The Squid and the Whale
Walk the Line

MELHOR ACTRIZ DE COMÉDIA/MUSICAL
Judi Dench - Mrs. Henderson Presents
Keira Knightly - Pride & Prejudice
Laura Linney - The Squid and the Whale
Sarah Jessica Parker - The Family Stone
Reese Witherspoon - Walk the Line

MELHOR ACTOR DE COMÉDIA/MUSICAL
Pierce Brosnan - The Matador
Jeff Daniels - The Squid and the Whale
Johnny Depp - Charlie and the Chocolate Factory
Nathan Lane - The Producers
Cillian Murphy - Breakfast on Pluto
Joaquin Phoenix - Walk the Line

MELHOR ACTRIZ SECUNDÁRIA
Scarlett Johansson - Match Point
Shirley MacLaine - In Her Shoes
Frances McDormand - North Country
Rachel Weisz - The Constant Gardener
Michelle Williams - Brokeback Mountain

MELHOR ACTOR SECUNDÁRIO
George Clooney - Syriana
Matt Dillon - Crash
Will Ferrell - The Producers
Paul Giamatti - Cinderella Man
Bob Hoskins - Mrs. Henderson Presents

MELHOR REALIZADOR
Woody Allen - Match Point
George Clooney - Good Night, and Good Luck.
Peter Jackson - King Kong
Ang Lee - Brokeback Mountain
Fernando Meirelles - The Constant Gardener
Steven Spielberg - Munich

MELHOR ARGUMENTO
Woody Allen - Match Point
George Clooney e Grant Heslov - Good Night, And Good Luck.
Paul Haggis e Bobby Moresco - Crash
Tony Kushner e Eric Roth - Munich
Larry McMurtry e Diana Ossana - Brokeback Mountain


MELHOR BANDA SONORA
Alexandre Desplat - Syriana
James Newton Howard - King Kong
Gustavo Santaolalla - Brokeback Mountain
Harry Gregson-Williams - The Chronicles of Narnia: The Lion, the Witch and the Wardrobe
John Williams - Memoirs of a Geisha

MELHOR TEMA
A Love That Will Never Grow Old - Brokeback Mountain
Christmas in Love - Christmas in Love
There's Nothing Like a Show on Broadway - The Producers
Travelin' Thru - Transamerica
Wunderkind - The Chronicles of Narnia: The Lion, the Witch and the Wardrobe

MELHOR FILME ESTRANGEIRO
Kung Fu Hustle
Master of the Crimson Armor
Merry Christmas
Paradise Now

terça-feira, dezembro 20, 2005

Strokes em Portugal

Categoria: Música, Notícias

Os nova-iorquinos The Strokes, anunciaram há dias que vêm actuar em Portugal no próximo festival Verão. Estou com curiosidade é para saber em qual. Seja qual for, não gostava de perder a estreia da banda em terras lusas.
O que está eminente é o lançamento do seu terceiro álbum, First Impressions of Earth, que acontecerá dia 6 de Janeiro.

(Lêr Notícia - Jornal de Notícias)


Two More Years

Categoria: Música, Letras

« In two more years, my sweetheart, we will see another view
such longing for the past for such completion
What was once golden has now turned a shade of grey
I've become crueler in your presence

They say: 'be brave, there's a right way and a wrong way'
This pain won't last for ever, this pain won't last for ever

Two more years, there's only two more years
Two more years, there's only two more years
Two more years so hold on

You've cried enough this lifetime, my beloved polar bear
Tears to fill a sea to drown a beacon
To start anew all over, remove those scars from your arms
To start anew all over more enlightened

I know, my love, this is not the only story you can tell
This pain won't last for ever, this pain won't last for ever

Two more years...

You don't need to find answers for questions never asked of you
You don't need to find answers

Dead weights and balloons
Drag me to you
Dead weights and balloons
To sleep in your arms
I've become crueler since i met you
I've become rougher, this world is killing me

We cover our lies with handshakes and smiles
We try to remember our alibis
We tell lies to our parents he hide in their rooms
We bury our secrets in the garden
Of course we could never make this love last
I said of course we could never make this love last
The only love we know is love for ourselves
We bury our secrets in the garden

(Two more years so hold on) »

- letra e música de Bloc Party


segunda-feira, dezembro 19, 2005

Oliver Twist segundo Roman Polanksi

Categoria: Cinema

OLIVER TWIST (2005) Classificação: 7/10
Site oficial
IMDb

Nunca li o Oliver Twist, nem tão pouco nenhum romance de Charles Dikens, mas conheço razoávelmente a história. Quem nunca ouviu falar do pequeno rapaz Oliver, vagueando pelas ruas da Londres de meados do século XIX? Existem 25 versões da adaptação do livro para cinema. Será esta apenas mais uma? Só me recordo de ter visto uma das antigas versões, mas creio que este filme não se trata de um acrescento a essa lista.
O realizador é nada mais nada menos que o grande senhor Roman Polanski, autor de um dos meus filmes preferidos: O Pianista. Se esperam ver um filme com uma história para crianças, esqueçam. A ideia que eu tinha do livro, e do que este representava, está bem conseguida no filme. Oliver Twist é pois um retrato da época, das desiguladades e dificuldades das pessoas de um país na Revolução Industrial. O filme é todo ele muito sombrio, o que me surprendeu. Mas não tinha desculpa. Afinal, trata-se de Polanski, e para quem viu O Pianista sabe do que estou a falar.
Este filme ganha pontos, portanto por conseguir transpor o espírito dolivro e por caracterizar com rigor a sociedade da época. Costumes, vestes, mentalidades e modos de vida, nada é deixado ao caso. Claro que muitos desses sinais, são apenas transposições do livro, só que há outros em que há que dar credito ao filme. Os cenários estão excelentes. Uma das melhores cenas é a chegada de Oliver Twist a Londres: uma cidade pesada, opressiva, com ruas cheias de gente onde cada um tem de tomar conta de si próprio. Os sons, as imagens, as pessoas... o espectador parece ser transportado no espaço e no tempo! Outra cena para recordar é aquela em que Oliver pede mais um prato de comida. O tutor com aquela pronúncia exageradamente inglesa e num tom de extrema surpresa: "He asked for mooore?!". É de por um discreto sorriso nos lábios.
Despois há as personagens. Para além do simpático Oliver Twist que inspira compaixão até ao mais duro e frio dos espectadores, há que fazer referência a Fagin (interpretado por Ben Kinglsey), o vellho avarento líder de um grupo de crianças carteiristas. A caracterização deste não poderia ser nelhor. Ninguém reconheceria en Kinglsey!
Por último, referência à banda sonora, que aponta para registos clássicos, mas adequeada. O tema principal fica no ouvido e penso que facilmente podemos identifica-lo com este filme.
Oliver Twist acaba por ser uma boa adaptação do clássico original. Sombrio, onde se misturam tristezas e alegrias, mas que acaba por não ser muito pesado. Afinal, é assim mesmo Oliver Twist.




Primeiro Post

Está aberto oficialmente o meu novo blog: Twisted City Lights.
O nome é ainda provisório, assim como todo o conceito, estrutura e posts são também eles ideias à experiência. O blog pretende focar-se especialmente na música, no cinema e na fotografia, mas poderá tomar outros caminhos.

Visitem o meu blog principal: Floresta Celta