Twisted City Lights

quarta-feira, abril 26, 2006

Broken Flowers

Categoria: Cinema; Filmes


BROKEN FLOWERS (2006) Classificação: 6/10
Flores Partidas
Site oficial
IMDb

Don Johnston (Bill Murray) é um solteirão mulherengo que ao ser abandonado pela sua namorada, recebe ao mesmo tempo uma carta anónima de uma mulher dizendo que tem um filho dele. Sem sabendo quem terá sido, Don parte numa viagem em busca das mulheres da sua vida. Uma viagem certamente no espaço, mas também no tempo, recordando a sua vida. No entanto, esta viagem no tempo nunca é visual, em termos do espectador. Ao visitar cada uma das mulheres que amou (interpretadas por Sharon Stone, Frances Conroy, Jessica Lange e Tilda Swinton) descobrimos mais acerca desta personagem que parece tão apática, e também percebemos que ele próprio faz uma retrospectiva da sua vida, que talvez tenha sido demasiado leviana e desprovida de um verdadeiro significado e objectivo.
Broken Flowers, realizado pelo conceituado Jim Jarmusch, e vencedor do Grande Prémio do Júri do Festival de Cannes deste ano, não é um filme fácil de se ver nem de se aceitar. É dos filmes mais subtis e simbólicos que vi nos últimos tempos. Ao bom estilo de Jarmusch, o que importa não é o que se conta mas como se conta.
A simplicidade e a calmia dominam o filme. A existência de uma banda sonora é praticamente nula, exceptuando as músicas contidas num CD gravado por um amigo de Don, para que este se entratanha na sua viagem de descoberta, entre as quais podemos ouvir o Requiem de Fauré.
Bill Murray faz lembrar Lost in Translation, num filme que até tem as suas semelhanças mas é em muito diferente. Se o filme não consegue encher, então o final (última hipótese de prover ao espectador um pouco de recheio), faz com que a sensação de vazio se apodere completamente deste. De facto, tiramos algum prazer em assistir a este filme, o problema é que a pergunta "será que valeu alguma pena ter visto este filme?" adquire uma grande dimensão.
Será um final mau ou apenas um final (muito) aberto? Será um filme mal feito ou apenas um filme incomum?
Resta ainda referir um aspecto que gostei em Broken Flowers: a subtileza com que são transmitidas certas ideias. Especialmente as mais simbólicas, e algumas vezes até bastante óbvias. Em concreto falo de tudo cor-de-rosa que surge ao longo de todo o filme: a carta, as flores, o cesto de basket... Talvez Broken Flowers não seja tão vazio de todo. Talvez apenas requer um pouco mais de atenção e uma mente aberta.




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«turn off your cigarette here»

Categoria: Fotografia, Arnath Photos




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sábado, abril 22, 2006

Last.fm

Categoria: TLC, Pessoal, Web



Talvez ainda não tenha reparado no side bar do Twisted City Lights. Ou se for um (raro) atento leitor deste blog talvez tenha visto uma espécie de top chart, um top de músicas. Sim, é isso que o last.fm oferece: baseado na música que ouve no seu computador, este site gera automáticamente a lista das músicas e artistas mais ouvidos. A utilidade prática disto? Não muita, a não ser a possibilidade de poder partilhar gostos e conhecer pessoas com os mesmos gostos, e também conhecer nova música (possibilidade esta que ainda não descobri ao certo como poder usufruir).
Bem, seus Big Brothers, agora poderão saber o que ando eu a ouvir...


Artistas mais ouvidos...




Músicas mais ouvidas...



Upcoming festivals...

Categoria: Música, Notícias

Super Bock Super Rock, Rock in Rio, Lisboa Soundz Festival... Aproximam-se os primeiros grandes festivais do ano, aqueles que antecedem os ditos festivais de Verão. Vamos lá dar uma olhadela aos cartazes...

Comecemos pelo Rock In Rio Lisboa (26 e 27 Maio / 2, 3 e 4 Junho). Primeiro deixem-me que faça uma pequena previsão: esta segunda edição do Rock in Rio poderá não ser um completo fiasco, mas irá com certeza ser uma desilusão. De facto, já o é. Basta olhar para o cartaz. Comparado com a edição de há dois anos, vemos que continuam alguns grandes senhores e senhoras da música mundial, mas reparámos de imediato que está povoado de nomes que nunca nos lembraríamos de ver no auto-intitulado "maior festival do mundo". D'ZRT no palco principal (palco mundo)?!... Sem comentários. Não quero dizer que até não vão bandas e artistas bastante interessantes e que de facto gostaria de ver. Mas não para um festival destes. Não foi essa a imagem de Rock In Rio que os organizadores nos tentaram vender.
Para além disso, outra razão desta minha ante-visão é o facto da organização não ter apostado tanto na publicidade. Há dois anos fomos bombardeados durante quase um ano com Rock in Rio Lisboa. É certo que numa segunda edição não seria necessária tal abordagem, já que o festival está já divulgado. No entanto, não é com pequenas referências na publicidade dos inúmeros patrocinadores, nem com anúncios de fraquíssima qualidade com tambores e sei lá mais o quê que vão levar as pessoas a encher o recinto das Oeiras.
Se vou ao Rock In Rio? Só se me oferecerem bilhete! É que um terceiro motivo do fiasco é o preço. A relação preço/qualidade, ou por outra, preço/vantagens é mais que pior.
O que talvez gostasse de ver? Guns n' Roses, Carlos Santana, Jamiroquai, e claro, a única banda que me faria considerar ir ao Rock In Rio: Red Hot Chili Peppers. Vejam aqui toda a programação.

Pelo contrário, a 12a edição do Super Bock Super Rock (25 e 26 de Maio / 7 e 8 Junho) este ano em versão XL e dividido em dois actos, apresenta-se com um cartaz perto do muito bom. Os dias foram divididos com alguma coerência, no entanto, há sempre bandas que deveriam actuar no mesmo dia que outras, e isso depende também do que cada um quer ver. O melhor dia para mim é o de 7 de Junho: Franz Ferdinand, Keane, dEUS e Editors. Se Placebo (que actuam dia 26 de Maio) fosse nesse dia, não havia maniera de eu não ir ao Super Bock Super Rock. Sendo assim, o mais provável é eu ficar em casa a poupar para os festivais de Verão.
A programação (disponível no site oficial) é esta:

Act 1 - 25 de Maio
Korn
Within Temptation
Moonspell
Quinta dos Portugueses:
Bizarra Locomotiva
Cinemuerte
Twenty Inch Burial,
Devil in Me


Act 1 - 26 de Maio
Tool
Placebo
Deftones
Alice in Chains
Quinta dos Portugueses:
The Vicious 5
X-Wife
If Lucy Fell
Dapunksportif


Act 2 - 7 de Junho
Franz Ferdinand
Keane
dEUS
Editors
Quinta dos Portugueses:
The Legendary Tiger Man
Linda Martini
Peace Revolution
The Weatherman


Act 2 - 7 de Junho
Pharrell
Patrice
Boss AC
Quinta dos Portugueses:
Mind da Gap
Factos Reais
Mercado Negro
Colectivo Bomberjack


Ainda com cartaz por anunciar, o Lisboa Soundz Festival (28 Julho), parece que já tem garantido uma grande banda e estreante em Portugal: os The Strokes. Ficámos à espera do cartaz completo.

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terça-feira, abril 18, 2006

Ice Age 2

Categoria: Cinema, Filmes


ICE AGE 2: THE MELTDOWN (2006) Classificação: 6/10
Idade do Gelo 2
Site Oficial
IMDb

O trio de animais pré-históricos mais famosos da animação estão de volta ao grande-ecrã. Manny, o mamute resmungão mas simpático; Sid, a preguiça trapalhona e louca; e Diego, o tigre-dentes-de-sabre matreiro mas de bom coração; partem numa nova aventura, causada desta vez pelos desgelos do fim da era glaciar.
E se por um lado, existem novas personagens interessantes como Ellie, um mamute fêmea ou os traquinas irmãos mambás (ou lá como se chamam os animais), não poderia deixar de faltar a personagem fina-flor do Ice Age: o esquilo na sua demanda eterna pela preciosa bolota! Como disse a certa altura do filme, um espectador sentado perto de mim, quando se preparava para mais uma cena do dito esquilo, exclamou "Ora aí está o verdadeiro"! Não posso deixar de concordar. O esquilo é o verdadeiro!
Numa altura em que este género de filmes de animação está vulgarizado, Ice Age 2 pode não acrescentar muito ao panorama geral, nem ao 1º filme, mas não deixa de ser um filme de animação bastante razoável. A história é aceitável, e se não é o melhor aspecto de Ice Age 2, talvez as inúmeras cenas cómicas e situações diversas, compensem esse facto. No entanto, não esqueçamos que Ice Age, o primeiro, foi um percursor na sua categoria, e ainda continua ser dos melhores filmes de animação e um dos meus preferidos.
Técnicamente, há que destacar a qualidade de efeitos como o da água, um elemento difícil de animar, e tão importante neste filme, já que a água aparece em tudo quanto é sitio. O pêlo dos animais está também excelente. Em Manny,parece quase real, como num pelucia, que até apetece agarrar.
Olhando para o actual cartaz das salas de cinema, Ice Age 2, é de facto uma óptima escolha, sobretudo se for para relaxar e dar algumas gargalhadas.




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I Want You To Stay

de Maximo Park

« I rewrite my life beneath the moonlight,
Please hold me now till my breath runs out,
There are many things that I am not,
But there's one thing that I cant deny

A double bluff you fed me lines,
The shortest cut you're searching for,
A mesh of tones surround your eyes,
I wish I knew how it came to this

I always said you could rely on me,
Now it seems that I was wrong,
I want you to stay,
I want you to stay with me

Cos nothing works round here,
Where cranes collect the sky,
I long for the neon signs of night,
Cos nothing works round here,
You know the way I feel,
Can you remember what we had?

Why do you think I over take?
I speak to you and you say no,
A camera runs just to collect,
I wish I knew how it came to this

The lies we tell are bound on film,
And you start to push your lips to mine,
Outside my room you closed your eyes,
And in the end it came to this

I always said you could rely on me,
Now it seems that I was wrong,
I want you to stay,
I want you to stay with me

Cos nothing works round here,
Where cranes collect the sky,
I think of your face at night,
Cos nothing works round here

You know the way I feel
Can you remember what we had?
As time gets more compressed,
You're always my reminder,
A lifetime disappears,
Can you remember what we had?
As time gets more compressed,
You're always my reminder,
You're always my reminder

You know the way I feel,
You know the way I feel »




Categoria: Núsica, Letras

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quinta-feira, abril 13, 2006

X-Wife

Categoria: Música, Artistas


Rock, punk e electronica à mistura... não é fácil definir num estilo e numa palavra os X-Wife. João Vieira (voz, guitarra), Fernando Sousa (baixo) e Rui Maia (sintetizador, bateria) são os nomes do trio que constituem a banda portuguesa que acaba de lançar o seu segundo álbum, "Side Effects". Infelizmente, ainda não tive oportunidade de o ouvir, mas o single de apresentação que tem passado diversas vezes em algumas rádios, de nome "Ping Pong", é simplesmente viciante, e deixa um desejo por mais. A música está disponível para audição na página dos X-Wife no myspace, assim como é também possivel vizualizar o videoclip no site oficial ou aqui.
Desde do 1º single, "Rock'in Rio", lançado em 2003, até ao álbum de estreia ("Feeding the Machine"), e alguns covers que ouvi, e agora com um novo álbum, X-Wife são certamente para manter debaixo de olho (ou deverei dizer ouvido?). 1ª coisa que irei fazer quando passar numa loja de discos? Procurar que nem um louco pelo "Side Effects!

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sábado, abril 01, 2006

Don't

Categoria: Fotografia, Arnath Photos

Don't!

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Munich

Categoria: Cinema, Filmes


MUNICH (2006) Classificação: 8/10
Munique
Site Oficial
IMDb

Munich é o mais recente filme de Steven Spielberg, com várias nomeções para os Oscares deste ano. De título sugestivo, o filme trata dos acontecimentos passados nos Jogos Olípicos de Munique de 1972, quando um grupo de terroristas sequestrou e assassinou 11 atletas israelitas, e da vingança operada pela secreta de Israel, uma série de assassínios Munich. Esteve parado durante algum tempo para que Spielberg pudesse produzir a inadiável Guerra dos Mundos (devido à ocupada agenda de Tom Cruise), e por fim chegou às salas de cinema como o filme mais contorverso do realizador. Na minha modesta opinião, não consegui achar grande motivo para essa controvérsia. Acho que o problema é que tudo que toca no assunto Médio Oriente, querendo eu dizer, o conflito Israelo-Palestino, gera sempre polémica.
Quanto ao filme propriamente dito, é digno de se ver. É Spielberg em todo o filme. É intenso, um pouco perturbador. Esqueçam os mundos de espionagem de 007 e afins. Um mundo desconheciado, visto de uma maneira humana, visto de um ponto de vista das personagens.
No entanto, de tão real que quis ser, Munich acaba por descambar. No início gostei da ideia, no entanto, à medida que o filme decorria, estranhei a forma como as situações dependiam tanto dos mandatários das missões. Um grupo de homens abandonados à sua missão. E tratando-se dos mais eficientes serviços secretos do mundo: a Mossad. Talvez a justificação venha do facto em conta do filme basear-se num livro, num romance baseado em factos reais, mas não um livro documental.
Não endo uma verdadeira obra prima, e contendo uma componente pouco realista que fazem o espectador mais atento duvidar, é um filme a não perder.




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"Quebramos Os Dois"

de Toranja

« Eu a convencer-te que gostas de mim,
Tu a convenceres-te que não é bem assim.
Eu a mostrar-te o meu lado mais puro,
Tu a argumentares os teus inevitáveis.

Eras tu a dançares em pleno dia,
E eu encostado como quem não vê.
Eras tu a falar para esconder a saudade,
E eu a esconder-me do que não se dizia.

Afinal...
Quebramos os dois afinal.
Quebramos os dois...

Desviando os olhos por sentir a verdade,
Juravas a certeza da mentira,
Mas sem queimar de mais,
Sem querer extingir o que já se sabia.

Eu fugia do toque como do cheiro,
Por saber que era o fim da roupa vestida,
Que inventara no meio do escuro onde estava,
Por ver o desespero na côr que trazias.

Afinal...
Quebramos os dois afinal.
Quebramos os dois afinal.
Quebramos os dois afinal.
Quebramos os dois...

Era eu a despir-te do que era pequeno,
Tu a puxar-me para um lado mais perto,
Onde se contam histórias que nos atam,
Ao silêncio dos lábios que nos mata.

Eras tu a ficar por não saberes partir,
E eu a rezar para que desaparecesses,
Era eu a rezar para que ficasses,
Tu a ficares enquanto saías.

Não nos tocamos enquanto saías,
Não nos tocamos enquanto saímos,
Não nos tocamos e vamos fugindo,
Porque quebramos como crianças.

Afinal...
Quebramos os dois afinal.
Quebramos os dois afinal.
Quebramos os dois...

É quase pecado que se deixa.
Quase pecado que se ignora. »

Categoria: Música, Letras

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Trip-hop de regresso

Categoria: Música, Notícias



Na grande panóplia de futuros lançamentos dos próximos tempos, aguardam-se atentamente os novos álbuns de duas grandes bandas, fundadoras do movimento trip-hop: os Massive Attack e os Portishead.

A colectânea dos Massive Attack, "Collected" já se encontra disponível, e está para breve o lançamento do novo álbum de originais intitulado "Weather Underground". Bem, breve será relativo, pois existem rumores que deverá ser já este ano, enquanto que já li noutros lados que só para Fevereiro de 2007 é que teremos disponível esse aguardado trabalho.

Quanto aos Portishead, o tempo parece arrastar-se desde há um década para cá. Em 1997 editaram o seu segundo álbum, com o mesmo título da banda, e em 98 um álbum de compilações ("Glory Times"). O que faz parecer em tudo mais distante o marcante e primeiro álbum, "Dummy", nos idos tempos do ano de 1994.
Ainda com o título indefinitivo de "Aural Velvet", o novo álbum de Portishead é esperado inda este ano.

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